Ainda de maneira incipiente, mas cada vez mais, o bullying tem chamado a atenção de todos aqueles que trabalham com educação. Vivemos em uma cultura capitalista que é intolerante às diferenças e muitos pais reproduzem para seus filhos, nas mais diversas situações, seus conceitos sobre padrão de normalidade, etnias, orientação sexual, papel da mulher e do homem na sociedade, etc. Meninos aprendem desde cedo que devem ser fortes, valentes e “não levar desaforo para casa”. Nem todos conseguem e sabem que, se chegarem em casa e simplesmente chorarem por uma ofensa ocorrida da escola, sofrerão duplamente, pois serão duramente repreendidos pelos pais.
Nossa cultura incentiva as competições: os pais querem ver seus filhos no alto do pódio e quase não há lugar para simples diversão; as escolas promovem campeonatos esportivos; escolas de balé expõem crianças em programas de televisão… Em casa, expressões de amor são substituídas por presentes materiais: “Se passar de ano, ganha um videogame!”. O que conta é a competição, a avaliação e, finalmente, o prêmio ou a punição. Pode-se argumentar que vivemos nessa sociedade e que precisamos preparar as crianças para esse mundo extremamente competitivo. Por certo, mas o que se verifica hoje é um exagero nessas práticas que tem levado cada vez mais crianças a serem diagnosticadas com estresse, déficit de atenção ou hiperatividade. Caberá aos professores pôr um pouco de “ordem na casa”, mas não será uma tarefa fácil. Nas situações em que ocorre o bullying, todos são afetados. Os praticantes considerarão a violência como um instrumento poderoso para conseguir seus objetivos. As vítimas se tornarão introspectivas, tímidas, sem coragem para enfrentar os desafios da vida, afastando-se do convívio com o grupo ou simplesmente partindo para a agressão aos colegas. Os espectadores aprenderão que é melhor não tomar partido, por medo de “sobrar” para eles. Todos terão aprendido uma péssima lição sobre cidadania. Saberão que o melhor é concentrar-se em si mesmo, que os fins justificam os meios, que compartilhar não é atraente. Desenvolverão pouco interesse na ausência de recompensas (“vale nota?”), o “eu” só se firmará pelo status, pelos ganhos materiais e os outros serão vistos como competidores. Nada de solidariedade, os outros serão oponentes. É fundamental que as escolas tenham projetos de combate ao bullying, que envolvam a comunidade escolar e todos aqueles que, de alguma maneira, podem ter um olhar diferenciado sobre a realidade. Não se trata de estabelecer um código de vigilância exacerbado.Trata-se de contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, em que todos tenham o direito de ser diferente.
Texto do Geógrafo e Doutor em Ciências da Religião, é coordenador de curso e professor da UNICAPITAL.
Noemi Alcaraz
eu acho que nos devenos mais conpater mais o bollying nas escolas por qeu eu uma coisa muito feia olha eu sou uma aluna e não fasso bollying com os meus amigo, eu acho que nós de vemos conpater o bollying……….
Cada dia mais pessoas se acham superiores há outras maltratando-as de forma horrivel..
Merecemos pessoas mais humanas em nosso país.
Estou estudando sobre o Bullying para a minha monografia, na área de Gestão Escolar. Ainda não tinha lido um texto tão intenso, que retratasse o tema de forma real e verdadeira. Sei que vai contribuir muito com minhas idéias.
Abraços!
Iracilda Chaves
Morada Nova- Ceará
Estou fazendo um trabalho para palestra com alunos de 5º série. Achei muito interessante e proveitoso. Espero poder intervir nesse problema quando começar atuar na área de educação.
vc ta certa nós temos que escutar estas palestras pois elas nos ajudam muito
o bullying é algo que temos que combater porque o mundo sofrerá muito com isso….